Nesta semana que passou, o grande destaque na imprensa potiguar foi a união dos dois maiores times do Rio Grande do Norte, América-RN e ABC, em prol de uma possível ajuda do poder público aos clubes na campanha do Campeonato Brasileiro da Série B. Eles se reuniram com a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, para apresentar uma proposta de patrocínio para ambos durante a disputa do Brasileirão da Série B 2009. O montante desejado pelos clubes chega a 100 mil reais para cada um, fora os 150 mil que já recebem do governo estadual.
No Ceará a situação não é diferente. Fortaleza e Ceará recebem cada um, 300 mil reais mensais do governo Estadual. Na Bahia e em Pernambuco, onde estão os representantes de maior tradição do futebol nordestino, há anos o futebol profissional é tido como investimento de alto escalão para os governantes, ou seja, são milhões de reais depositados na conta bancária dos principais times da região.
Em contrapartida, enquanto vemos os estaduais por todo o Brasil começar em janeiro, no Maranhão e no Piauí a bola só rola no início de março, ou seja, mais abandonado que isso, só futebol de várzea. Em uma situação melhor, mas nada agradável, aparecem Sergipe, Alagoas e Paraíba, que mal conseguem manter ou levar um time para a Série B.
Agora chegou o momento de você, caro leitor, parar, pensar e analisar: até que ponto é positivo injetar milhares de reais nos clubes do seu Estado? Se levar em conta que o último titulo brasileiro de um time nordestino aconteceu há mais de 20 anos (Bahia em 1988); que o máximo que o Nordeste consegue colocar na Série A são três ou quatro representantes por ano; ou até que a maioria dos nossos clubes vivem dando vexame nas Séries A, B e C, a exemplo do América-RN em 2007, e do CRB-AL e do Santa Cruz em 2008, o dinheiro público está sendo jogado fora.
Mas se levarmos em conta, por exemplo, que Alagoas e Sergipe só tem um representante cada na Série C do futebol nacional; que o futebol do Piauí e do Maranhão só existe para tomar goleada dos times do sudeste na Copa do Brasil; e que todos os Estados supracitados que recebem investimento estão com seus principais times (a exceção do Santa Cruz) nas séries A e B, o dinheiro público está sendo muito bem utilizado.E olhe bem! Seu colunista aqui acredita que o dinheiro sendo bem empregado deve sim ajudar o futebol profissional, mas de uma maneira transparente e acima de tudo, inteligente. E não ficar realizando torneios ridículos como vimos no governo passado aqui em Sergipe. Por fim, a discussão está apenas começando.
* Matéria publicada no Jornal Cinform no dia 23 de março de 2009.
12 comentários:
Moro em São Paulo e torço pro CSA e para o Santos.
Acredito que o poder público deve sim ajudar. Afinal, esses políticos já fazem tanta bobagem com o dinheiro do povo, porque não incentivar o esporte mais amado do país?
Concordo com a matéria! Parabéns!
E o programa está cada vez melhor!
Abração!
Quero mandar beijos e abraços para a equipe "alegria alegria" do Nordeste FC.
Primeiramente, eu quero agradecer a mensagem deixada no último programa e falar que o João Carneiro ficou muito contente com o abraço deixado no último programa. A felicidade foi tanta que os demais porteiros daqui, todos nordestinos, querem ouvir o programa.
Ah! Antes que eu esqueça, o João Carneiro disse que todos estão de parabéns!
B-jus!
Helô
Concordo com a coluna do Sergipe. Se tiver transparência, sim!
O programa está muito bom!
Acho que a ajuda pode acontecer, mas de outra forma. Ao invés de dar dinheiro para os clubes, poderiam oferecer para eles uma estrutura esportiva que vão gerar bons frutos.
O programa é muito divertido! Animal!
Tem que ter apoio sim! Se o pode rpúblico investe em ações culturais ou artísticas, também tem que investir no esporte.
Um abraço para todos do programa! Muito bom!
O programa de vocês é muito divertido! Tenho uma pergunta: vocês acham que o Bahia tem time pra subir para a Série A?
aê Carlão!!!
Parabéns pelo programa meu velho! E pelo blog também..
Seguinte, passa em algum ponto de táxi para pegar o jornal O Taxista - Sindicato dos taxistas. Coloquei aquela notinha pra vcs. Um abraço e acessa meu blog lá. Tem várias novidades.
Vitor Hugo Baqueta
www.blogdobaqueta.blogspot.com
Deve ajudar sim senhor! Sem ajuda do poder público, o Bahia nunca mais será o mesmo...
Não. Poder público deveria era cuidar da educação, dasegurança e da saúde, que po sinal, estão cada vez piores.
Claro que não! Os clubes precisam procurar saídas de marketing ou patrocínios. O povo não pode patrocinar os clubes por obrigaçao!
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