Sergipe: um centenário para ser esquecido?

Depois de presenciarmos um início de 2009, ano do centenário do Sergipe, cheio de promessas de parcerias e modernização do clube, o que se vê, infelizmente, é muita falação e um time caindo aos pedaços. Prova disso, é que o time não consegue sequer ficar entre os quatro primeiros do Campeonato Sergipano 2009.

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Eu, sinceramente, nunca acreditei e nem acredito nesse novo Sergipe que tanto falaram. A começar pelo gramado do estádio João Hora, que pode servir para qualquer coisa, menos para a prática do futebol profissional. Além disso, um time do tamanho do Sergipe, com 32 títulos estaduais, não pode apostar num elenco como este para o ano do centenário. É preciso explicar que um time de futebol é composto por defesa, meio-campo e ataque? Só com Hugo Henrique não dá.

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Depois de uma década de noventa de glórias e supremacia no futebol sergipano, conquistando sete dos dez campeonatos estaduais disputados, o Colorado já amarga um jejum de cinco anos sem título. Este cenário só deve mudar quando algumas pessoas entenderem que o Sergipe não precisa mais delas.

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Pois é, o “mais querido” vive o mesmo dilema que Vasco da Gama e Palmeiras viveram, quando ambos eram reféns dos dirigentes Eurico Miranda e Mustafá Contursi, respectivamente. A diferença é que esses clubes já conseguiram se livrar desses auto-intitulados “profissionais do futebol”, e infelizmente, o Sergipe ainda não.
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Por fim, a torcida colorada e todos aqueles que admiram a gloriosa história do Sergipe clamam por mudanças. Acredite! Se elas não acontecerem rapidamente, o Sergipe vai passar o 17 de outubro de 2009, dia em que completa cem anos de vida, sem disputar nenhuma competição, e sem ao menos disputar a Série D do Campeonato Brasileiro.

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*matéria publicada no Jornal Cinform no dia 9 de março de 2008.